DIA DAS CRIANÇAS

Assistir, hoje, ao filme "Little Miss Sunshine " e "Little Children"(não comentarei sobre esse hoje) me fez parar para pensar(mais uma vez) nas crianças. O primeiro filme, retrata a história de uma adorável menina que sonha em vencer o concurso de beleza mirim "Miss Sunshine". Ela vive no meio de uma família, ao meu ver, muito normal: o tio gay suicida, o irmão deprimido, o pai fracassado, o avô veterano de guerra e viciado em cocaína e , por fim, a mãe batalhadora que tenta de tudo para manter o equilíbrio familiar. Vocês devem estar se perguntando, família normal? Sim , normal. No mundo em que hoje estamos vivendo e com as dificuldades de relacionamentos em geral, é normal vermos cada vez mais deprimidos, suicidas, fracassados e infelizes. Não estou sendo pessimista(apenas um pouco) , mas o que me faz realmente pensar é sobre as crianças. Um tanto me dói(e assistir a esse filme me fez lembrar disso) ver a inocência e pureza dos seus olhos e, que inevitavelmente, desaparecerá com o decorrer dos anos em virtude do caos em que vivemos: consumismo, perda de valores morais(aqui incluo a amizade, lealdade e honestidade e por que não o amor?). Felizmente, o filme(sem cair no lugar comum) nos dá uma esperança: a família falida ainda pode ser feliz, piegas sim, mas normal!

Será que perco os dez reais Rô?

ACIMA DA TERRA

De volta após um bom tempo e para falar de algo muito especial.
Esses dias conversando com meu amigo Rodrigo, cinéfilo(e agora, "seriéfilo") sobre a série de televisão "Six Feet Under"(A Sete Palmos) e ,de como ela tinha me tocado e impressionado(pelo seu tema principal que é a morte e a forma real de como ela é tratada), ele me disse: mas Rapha, o programa é sobre morte, o que mais poderias esperar? Pois esperar é uma coisa que não acontece em Six Feet Under. Mesmo sendo a morte o tema principal da série, muitas são as outras temáticas que ela toca( e digo, com muita sutileza e inteligência, o que nunca deixa beirar o sentimentalismo e a banalidade-lembra mano do assunto sobre a novela?). Nós somos sempre surpreendidos, sem esperar, a cada nova temporada e, em particular, na última, que na minha opinião é a mais intensa e profunda de todas.
Ruth, Nate, David, Claire e Brenda são os protagonistas da série e são trabalhados com a profundidade e complexidade que merecem. Nessa última temporada, parece que somos levados de verdade para dentro de suas vidas complexas de uma maneira a questionarmos qual a nossa real participação nesse mundo "maluco" que vivemos. Afinal o que fazemos aqui? O que procuramos ? Qual a razão de fazermos o que fazemos e o que deixamos muitas vezes de fazer?
Muita filosofia para um blog né?? mas..... acreditem..... uma obra-prima televisiva dos últimos tempos!